A reprodução de peixes marinhos é considerada mais complexa quando comparada aos peixes de água dulcícolas por vários motivos, entre eles:
- Os peixes marinhos vivem em um ambiente hipertônico em relação ao seu meio interno, ou seja, a concentração de sais no ambiente externo é maior que a concentração no interior do corpo do animal. Isso faz com que eles percam água por osmose e precisem ingerir uma grande quantidade de água salgada e eliminar o excesso de sal pelas brânquias.
- Os peixes de água dulcícolas vivem em um ambiente hipotônico em relação ao seu meio interno, ou seja, a concentração de sais no ambiente externo é menor que a concentração no interior do corpo do animal. Isso faz com que eles ganhem água por osmose e precisem eliminar o excesso de água pela urina diluída e absorver os sais necessários pelas brânquias.
- Os peixes marinhos apresentam uma grande diversidade de estratégias reprodutivas, que envolvem desde a desova externa até o cuidado parental. Alguns peixes marinhos são hermafroditas, ou seja, possuem os dois sexos no mesmo indivíduo, e podem mudar de sexo ao longo da vida. Outros peixes marinhos são partenogenéticos, ou seja, se reproduzem sem a participação do macho.
- Os peixes de água dulcícolas apresentam uma estratégia reprodutiva mais simples, que consiste na desova externa, onde a fêmea libera os óvulos em águas calmas e o macho lança os espermatozoides sobre eles. Os ovos ficam agrupados formando uma espécie de gelatina.
- Os peixes marinhos têm ovos e larvas pequenos e frágeis, que ficam à mercê das correntes e dos predadores. A larvicultura dos peixes marinhos é um processo custoso e complexo, que requer cuidados especiais com a alimentação, a qualidade da água e o manejo.
- Os peixes de água dulcícolas têm ovos e larvas maiores e mais resistentes, que ficam protegidos em locais abrigados. A larvicultura dos peixes de água dulcícolas é um processo mais simples e barato, que requer menos cuidados com a alimentação, a qualidade da água e o manejo.